Sistema de registros municipais
Procurando as raízes
Fiquei numa vibe de montar arvore familiar no site mórmon do FamilySearch. A origem, apesar que as pessoas pensem que seria no Japão, talvez seja aqui no Brasil mesmo. É difícil ficar fuçando aqueles registros. Um dos registros acessíveis neste site são os de desembarque de navios vindos do Japão, o registro japonês do navio é parecido com o registro municipal japonês.
Registro municipal
Mesmo com toda tecnologia, o Japão ainda mantém um sistema curioso de registro municipal em papel, um documento essencial usado pelos filhos, netos de japoneses chamado: koseki-tohon, existem umas variações mas não me recordo a diferença.
Nesse papel contém informação do chefe
da casa, a esposa
e os filhos
.
Quando a mulher nasce, ela ganha um nome com ideogramas. Pelo menos nos registros que pesquisei da minha família, depois quando a mulher casa, ela “perde” todos os ideogramas do primeiro nome igual no filme da Viagem de Chihiro. Escrevendo o primeiro nome de forma simples com Katakana, também não se mantém o sobrenome da família. Quando o homem nasce, o nome não se altera quando casa e cria um novo registro para denominar este homem como o novo chefe
, este dá o sobrenome a esposa
.
Os filhos são numerados, primeiro até o enésimo filho. Se casar ou morrer é marcado um X e o registro escrito, porque aquele membro não pertence mais aquela família.
Outros membros da família não sei como fica neste documento, só vi no registro do navio que aparece: Irmão da esposa, sobrinha etc.
Para solicitar ou atualizar este documento, você envia uma carta para a cidade na qual seus antepassados vieram. Dizem que as pessoas quando vieram para o Brasil, elas tinham uma cópia deste documento, este é valido também.
Dupla nacionalidade
Para dupla nacionalidade era feito um esquema que não sei se isso ainda funciona, mas para uns parentes, mesmo nascidos aqui no Brasil eles tinham sangue japonês
(pai japonês), já que a nacionalidade japonesa não se define pelo local de nascimento. Então, o documento era atualizado e enviado uma carta para a cidade da onde eles vieram para fazer o registro oficial. Caso este documento não fosse entregue atualizado para a cidade, a pessoa não é mais reconhecida com a nacionalidade japonesa.
Pensava que isto era um registro histórico comprovante das raízes japonesas, mas é um documento ainda usado.